Perfil da Secretária

Ângela Guimarães

Ângela Guimarães é natural de Salvador, nascida no território negro do Curuzu-Liberdade. A presença e proximidade com o bloco afro pioneiro Ilê Aiyê e na sequência com o Olodum, foram determinantes na sua construção enquanto militante da luta antirracista.  

Nesta trajetória, participou de grupos de jovens, grupos religiosos, movimentos culturais, atuou no teatro negro, até chegar à universidade onde conheceu mais de perto o movimento estudantil e presidiu o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Era o momento de aprovação das cotas raciais no Ensino Superior. Também é militante da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro) desde 1999, onde participou de todas as lutas no enfrentamento ao racismo e pela conquista de políticas afirmativas no país, tendo sido presidenta nacional da organização.  

Cientista Social graduada pela UFBA, foi aluna especial do Mestrado em Educação - Programa de Pós Graduação em Ensino e Relações Raciais da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) no semestre 2022.1.  

No âmbito da gestão pública acumula larga experiência, tendo sido a primeira diretora do Departamento da Reparação Racial em São Sebastião do Passé, em 2005, órgão responsável pela implementação de políticas de promoção da igualdade racial, mulheres e juventude. Foi Secretária-adjunta Nacional de Juventude, da Secretaria-Geral da Presidência da República, no período 2011-2016, foi presidenta nacional do Conselho de Juventude, onde atuou na conquista de direitos como o Estatuto da Juventude, o Plano Juventude Viva, as cotas raciais nos concursos públicos, dentre outros.  

A partir de 2016 desempenhou várias funções institucionais na Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (SETRE), onde coordenou a Agenda Bahia do Trabalho Decente, também atuando como assessora especial, chefa de Gabinete e coordenadora de Fomento ao Artesanato. É professora concursada de Sociologia na Rede Estadual de Educação.  

Assumiu a titularidade da Sepromi em janeiro de 2023 na missão de consolidar e expandir os direitos da população negra, dos povos e comunidades tradicionais, além de fortalecer as políticas de enfrentamento ao racismo e à intolerância religiosa.