fotos: Jasf Andrade | SecultBa
Uma das atrações mais aguardadas desta terça-feira (13) no Carnaval do Pelô, o cantor Baco Exu do Blues subiu ao palco para fazer um show histórico. Os fãs do cantor lotaram o Largo do Pelourinho para conferir cada detalhe da apresentação do artista. Durante o show, o artista apresentou as canções do álbum ´QVVJFA (Quantas Vezes Você Já Foi Amado?)´, lançado em 2022.
O show de Baco superou as expectativas de público e o acesso ao Largo do Pelourinho precisou ser encerrado pela Polícia Militar da Bahia para evitar superlotação. Logo após ajustes, o show seguiu animado, com o público cantando junto os sucessos de Baco, como Samba In Paris, 20 Ligações, Hotel Caro, Cigana e outros. Além das backing, Baco dividiu os vocais com o rapper baiano Young Piva, parceiro em vários projetos.
Natural de Salvador, Baco é um dos expoentes da cena Hip-Hop da Bahia. O artista ganhou projeção nacionalmente e já conquistou o Prêmio da Música Brasileira, na categoria Lançamento com o álbum ´QVVJFA´. Baco Exu do Blues também já fez parcerias com nomes importantes do cenário nacional como Glória Groove e Luísa Sonza.
fotos: Jasf Andrade | SecultBa
Primeira vez cantando no Pelourinho durante o carnaval de Salvador, Baco sublinhou a importância da iniciativa do Governo do Estado. “Acho importante, primeiro, porque a gente está levando essa bandeira há um tempo, tem um posicionamento forte, tem a questão da musicalidade, da origem baiana, da religião, de todas as coisas que atuam no meu trabalho. Então, estar aqui, no Pelô, cantando, para meu povo, para as pessoas que parecem comigo e falam como eu, é uma bênção”, declarou o rapper.
Baco diz apostar no Rap feito na Bahia, estado reconhecido pela popularidade de outros ritmos como o axé music e o pagode. “Tenho um selo de artista de rap baiano, não só de rap, mas enfim, acredito muito que a gente não deve nada a nenhum outro estado. Nossos músicos têm primazia, o que é feito aqui tem uma cara própria, não é parecido com o que acontece em nenhum outro estado. Então acredito muito que cada vez mais as pessoas vão abrir os olhos e entender a força do rap baiano”, diz.
“Antes de mim, vieram muitas pessoas batendo nessa tecla. Estou aqui agora e estou batendo nessa tecla também, espero que as próximas pessoas que virem e ganhem espaço, nacionalmente falando, consigam fazer o mesmo, porque é importante trazer os olhares para as pessoas daqui. Essa é uma missão que é difícil, complicada, porque envolve várias coisas, envolve muito mais do que a nossa vontade, existe todo um preconceito gerado, uma xenofobia gerada há anos e anos”, complementa.
Moradora do bairro de Nazaré, a estudante Iyami Ayodele, 16 anos, veio ao Pelourinho curtir o show do seu ídolo. “Eu gosto das letras das músicas dele, eu me identifico muito em algumas. E acho bem forte as letras, dá um impacto. Hoje, eu quero muito escutar ´Lágrimas´, amo essa música”, diz.
Carnaval Amô Pelo Pelô 2024 - Todo dia é tempo de demonstrar o #AmôPeloPelô. Mas no Carnaval esse movimento se intensifica e o Governo da Bahia investe para fazer das ruas, ladeiras, vielas e largos verdadeiros palcos de expressão da nossa cultura. No Pelourinho, a folia é animada, diversa e democrática que abraça o carnaval de rua, microtrios e nanotrios, além de promover, nos palcos, grandes encontros musicais e variados ritmos numa ampla programação. Tem Afro, Reggae, Arrocha, Axé, Antigos Carnavais, Samba, RAP, Pagode/Pagotrap, pop e Guitarra Baiana, além de Orquestras e Bailes Infantis.
Carnaval da Cultura – Comemorar, enaltecer e fortalecer os Blocos Afro em seus 50 anos de existência, contados a partir do nascimento do Ilê Aiyê, o pioneiro, é garantir que a festa também seja um lugar para que negras e negros baianos contem as suas narrativas e façam parte da história do mundo. Por isso, o tema do Carnaval da Bahia em 2024 são os 50 anos de Blocos Afro - Nossa Energia é Ancestral. Em cada circuito, em cada sorriso, em cada bloco desfilando as belezas do povo preto, em cada brilho pelas ladeiras do Pelô. É o carnaval dos blocos afro, de samba, de reggae e dos afoxés, apoiados por meio do Edital Ouro Negro para desfilar nos três principais circuitos da folia: Batatinha, Dodô e Osmar. É a folia animada, diversa e democrática do Carnaval e é também a preservação do patrimônio cultural, com o apoio ao carnaval tradicional dos mascarados de Maragojipe. O Carnaval da Cultura é promovido pelo Governo do Estado, "50 anos dos Blocos Afro - Carnaval da Bahia 2024 - Nossa Energia é Ancestral".