O Pelourinho se despede nesta terça-feira (13) do carnaval de 2024, com afoxés, blocos de samba, hip hop, fanfarras e marchinhas, além de muita dança, música e diversão. No último dia o Pêlo não parou. Em todas as ruas do circuito era possível encontrar com crianças fantasiadas, famílias brincando e saboreando o feriado de carnaval.
Ao final da tarde, os primeiros bloquinhos começaram a sair, cruzando o Terreiro de Jesus e levando muita alegria até o Largo da Praça. Com direito a mudança de figurino durante o desfile, o bloco Ókánbí, da Sussuarana Velha, desfilou saindo da Pelourinho até o Campo Grande. “Garantir nosso espaço e conquistar o que é de direito é a filosofia do bloco", afirmou Ednaldo da Silva, diretor de arte e coreógrafo do grupo.
Com aproximadamente 100 pessoas, levantaram a bandeira ‘Negros Guerreiros Liberdade Eterna’ com o cortejo até o Campo Grande fez o seu último desfila, após 6 apresentações. Além do Okanbí, os afoxés Ilê Oyá do Abacaxi, Obá Xangô e Kambalagwanze desfilam nesta terça de carnaval. Para o diretor da ala de dança do Okanbí, Ronald Castro, “estamos desfilando já com a saudade no peito e já mirando o próximo ano”.
O carnaval deixa uma vontade de “quero mais” quando está chegando ao fim. A secretária executiva, Regina Bonfim, que desfilou no Ilê Aiyê e no Alvorada (no Campo Grande), foi para a Mudança do Garcia, reservou um tempo de sua terça para aproveitar e curtir o circuito Batatinha. Segundo Regina, “terça de carnaval é sempre um momento de nostalgia, essa festa proporciona dias mágicos, cansamos o ano todo, mas no carnaval a gente pula, brinca e se diverte, cansamos também mas é uma outra energia", finaliza a foiliã. Beatriz Pimentel, servidora pública exclamou “eu amo o carnaval, esse é o meu quarto dia, cansei, descansei, mas no último dia preciso aproveitar e, estou aqui para viver essa saudade”.
Carnaval Ouro Negro 2024 - O Carnaval da Bahia é Ouro Negro. Em 2024, foram investidos R$15 milhões para proporcionar o apoio a mais de 170 grupos dos segmentos afro, afoxé, samba, reggae e de índio. Só no carnaval de Salvador são mais de 100 entidades que desfilam nos circuitos oficiais da folia. Entre as entidades contempladas estão grupos tradicionais como o Olodum, Ilê Aiyê, Filhos de Gandhy, Muzenza e Cortejo Afro. A SecultBA amplia sua parceria com blocos tão importantes com o intuito de preservar a tradição destes na folia soteropolitana e nas suas comunidades de origem, valorizando as nossas matrizes africanas.
Carnaval da Cultura – Comemorar, enaltecer e fortalecer os Blocos Afro em seus 50 anos de existência, contados a partir do nascimento do Ilê Aiyê, o pioneiro, é garantir que a festa também seja um lugar para que negras e negros baianos contem as suas narrativas e façam parte da história do mundo. Por isso, o tema do Carnaval da Bahia em 2024 é os 50 anos de Blocos Afro - Nossa Energia é Ancestral. Em cada circuito, em cada sorriso, em cada bloco desfilando as belezas do povo preto, em cada brilho pelas ladeiras do Pelô. É a folia animada, diversa e democrática do Carnaval e é também a preservação do patrimônio cultural, com o apoio ao carnaval tradicional dos mascarados de Maragojipe. O Carnaval da Cultura é promovido pelo Governo do Estado, "50 anos dos Blocos Afro - Carnaval da Bahia 2024 - Nossa Energia é Ancestral".