#CARNAVALDACULTURA A Orquestra Zeca Freitas abre alas para o público passar, no carnaval do Pelourinho

13/02/2024

 

ZecaFreitas

Foto: Fhelipe dos Anjos


A tradição das orquestras e bandas de baile esteve, mais uma vez, presente no palco do Largo Pedro Archanjo, nesta segunda-feira de carnaval (12). A Orquestra Zeca Freitas trouxe clássicos dos antigos carnavais para o Pelourinho, animando um público composto por diferentes faixas etárias.

O maestro, arranjador e compositor Zeca Freitas, com cerca de 50 anos de carreira e comentou sobre o seu interesse pelas formações orquestrais: “Eu tive a oportunidade de estudar na Berklee (EUA), onde tive contato próximo com as big bands de jazz. Ao voltar para o Brasil, me senti estimulado a desenvolver trabalhos nessa linha, inspirado na musicalidade brasileira, com arranjos originais para clássicos da nossa música”, compartilhou o maestro.

A Orquestra Zeca Freitas, que tem cerca de 30 anos de trajetória, foi mais uma atração do gênero que subiu aos palcos do Pelourinho, que já teve apresentações da Orquestra Paulo Primo e da Orquestra Juvenil Itinerante da EMUC (Escola de Ensino de Música Cidadã), dentre outras. “O trabalho das bandas de baile é histórico, nós fazemos isso há muito tempo, e em vários momentos festivos ao longo do ano. Importante dizer que esse tipo de grupo está presente no mundo inteiro” comentou Zeca.

Além de uma seção instrumental ampla, a Orquestra Zeca Freitas se apresentou com um cantor e uma cantora, que interpretaram sucessos carnavalescos como “Abre Alas”, “Balancê” e “A Filha da Chiquita Bacana”. O repertório combinou com o clima do largo e com o figurino dos foliões e foliãs, muitos fantasiados neste penúltimo dia do carnaval.

“O Pelourinho é um espaço que precisa ser preservado, não podemos deixar cair, porque esse movimento fortalece a nossa cultura. Chegando ao Pelourinho, fiquei feliz em ver as Praças com movimento, parecendo uma festa de largo. Isso tem que ser fortalecido, como aconteceu nos festejos natalinos aqui no Pelourinho também”, disse a professora aposentada Lívia Maia, 64 anos, natural de Salvador.

Para o professor Jorge Nihei, 45 anos, de São Caetano do Sul (SP), espaços com atrações para toda família possibilitam curtir festas sem aglomerações: “Para quem sai com a filha pequena, como eu, a programação daqui possibilita que eu venha curtir o carnaval sem problemas. De quebra, ainda acabo conhecendo novos artistas, o que é um atrativo a mais”, opinou Jorge.

O trabalho das orquestras também tem um importante papel na formação de músicos, que após, passam a integrar bandas, dos mais diversos estilos. O maestro Zeca Freitas é um dos grandes nomes também nesse processo educacional, levando adiante a tradição das orquestras na Bahia.