Foto: Ramon Lebre | SecultBa
“Viva o Pelô. Pelô vivo!”, declarou Clarindo Silva, enquanto seguia o Nanotrio - Zéu Lobo, Alcatéia Banda e Coletivo Pelourinho, uma das atrações que tomaram as ruas no Carnaval Amô Pelo Pelô nesta segunda-feira (12).
Figura expressiva na luta pela preservação e valorização do Centro Histórico de Salvador, o jornalista, escritor e poeta, Clarindo Silva, 81 anos, recebeu o carinho do público que acompanhava o cortejo que prestava homenagem a Riachão, Batatinha e Claudete Macedo. “É um momento muito emocionante e grandioso. Fortalece a nossa luta não só pela preservação cultural, mas, sobretudo pelo nosso Pelourinho”,disse Clarindo, que fez questão de reiterar a importância do carnaval de rua. “É um carnaval diferente de tantos outros que a gente tem por aí, porque é o carnaval da família", acrescentou Clarindo.
“Clarindo é uma lenda viva representativa desse Centro Histórico, uma pessoa que eu tenho muito afeto. Quando sinalizei para ele que nós colocaríamos os bonecos representando Riachão, Batatinha e a sambista saudosa Claudete Macedo, ele também ficou encantado.” disse Zéu Lobo, idealizador do projeto.
Foto: Ramon Lebre | SecultBa
Os bonecos foram a sensação entre as crianças. Com o pequeno Antônio, de apenas dois anos, não foi diferente. O pai do menino, o enfermeiro, Joilson Nascimento, 33 anos, que sempre acompanha o carnaval do Pelô estava satisfeito. “É a primeira vez dele no carnaval. Aqui é mais tranquilo para criança. Estou apresentando a festa para ele”, contou.
Dentre as atrações, quem também circulou pelas ruas foi a Charanga da Minerva que aproveitou para comemorar os 10 anos do grupo que integra a Filarmônica Minerva-Cachoeirana, localizada no Recôncavo Baiano.
O coordenador da Charanga da Minerva, Roberaldo Galiza, falou da importância do apoio da Secretaria de Cultura da Bahia. “A Charanga está honrada está aqui no Carnaval do Pelô fazendo parte dessa festa, celebrou.
Carnaval Amô Pelo Pelô 2024 - Todo dia é tempo de demonstrar o #AmôPeloPelô. Mas no Carnaval esse movimento se intensifica e o Governo da Bahia investe para fazer das ruas, ladeiras, vielas e largos verdadeiros palcos de expressão da nossa cultura. No Pelourinho, a folia é animada, diversa e democrática que abraça o carnaval de rua, microtrios e nanotrios, além de promover, nos palcos, grandes encontros musicais e variados ritmos numa ampla programação. Tem Afro, Reggae, Arrocha, Axé, Antigos Carnavais, Samba, RAP, Pagode/Pagotrap, pop e Guitarra Baiana, além de Orquestras e Bailes Infantis.
Carnaval da Cultura – Comemorar, enaltecer e fortalecer os Blocos Afro em seus 50 anos de existência, contados a partir do nascimento do Ilê Aiyê, o pioneiro, é garantir que a festa também seja um lugar para que negras e negros baianos contem as suas narrativas e façam parte da história do mundo. Por isso, o tema do Carnaval da Bahia em 2024 são os 50 anos de Blocos Afro - Nossa Energia é Ancestral. Em cada circuito, em cada sorriso, em cada bloco desfilando as belezas do povo preto, em cada brilho pelas ladeiras do Pelô. É o carnaval dos blocos afro, de samba, de reggae e dos afoxés, apoiados por meio do Edital Ouro Negro para desfilar nos três principais circuitos da folia: Batatinha, Dodô e Osmar. É a folia animada, diversa e democrática do Carnaval e é também a preservação do patrimônio cultural, com o apoio ao carnaval tradicional dos mascarados de Maragojipe. O Carnaval da Cultura é promovido pelo Governo do Estado, "50 anos dos Blocos Afro - Carnaval da Bahia 2024 - Nossa Energia é Ancestral".