Cria musical e artística de blocos afro da Bahia, a cantora e compositora Savannah encantou foliãs e foliões com ‘Orixás’, canção autoral composta pela artista, durante o show “Sou samba-reggae e soul music”, que aconteceu neste domingo (11) durante O Carnaval Amô Pelo Pelô, no Largo Tereza Batista.
O show rende homenagem aos 50 anos do Ilê Aiyê, aos 45 anos do Olodum, aos 43 anos do Muzenza do Reggae e à trajetória da cantora Márcia Short. “’Orixá’ é uma música que já existe há muitos anos. Eu escrevi quando eu estava no início da fase adulta. Justamente quando eu tive contato com a religião, com o que é Orixá. Entendo sobre esse universo. A canção traz essa ideia e essa certeza de que Orixá está em todos os lugares e a todo momento. Faz parte da nossa vida”, enfatizou a cantora.
Folião, fã da carreira de Savannah e professor de Engenharia da Computação pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Igor Miranda, 40 anos, disse que o repertório apresentado pela cantora agradou ao público pela musicalidade do samba-reggae apresentada por Savannah. “O show me agradou muito porque eu também venho desse berço do samba-reggae, do Olodum, do Ilê, do Muzenza e Malê Debalê. Ela conseguiu sintetizar tudo isso na musicalidade dela e na canção ‘Orixá’. Essa é uma música representativa, porque traz a essência do que é o samba-reggae e do que é o candomblé. É uma música sensacional”, disse o professor.
Savannah contou que o show “Sou samba-reggae e soul music” incorporou outras vertentes musicais, como soul music, funk soul, jazz, blues e rock, que influenciam a sua carreira. “A minha música tem muitas influências de música negra. A maior parte dessas influências vem da Bahia, do samba-reggae, do ijexá, do samba de roda e outras vertentes”, destacou Savannah.
O percussionista soteropolitano, morando na Espanha, Alberto Romero, 35 anos, disse que não conhecia a carreira da cantora Savannah, mas apreciou o show. “Foi a primeira vez que assisti ao show dela. Eu conhecia alguns músicos da banda dela, que são meus amigos. Eu adorei a cantora. Ela tem uma energia e uma força incrível”, disse o músico.
Por quatro anos, Savannah integrou a banda Didá, criada por Antônio Luiz de Souza, o Neguinho do Samba (1955-2009), com quem ela teve oportunidade de aprender sobre samba-reggae. “O samba-reggae me formou enquanto artista e cantora. Nada mais justo do que trazer as minhas influências e de outras vertentes musicais para o que, realmente, me tornou uma cantora e artista, que foi o samba-reggae”, finalizou a cantora.