#CARNAVALDACULTURA Bloco Banana Reggae traz um resgate vivo da ancestralidade no Circuito Osmar

12/02/2024

banana BANANA


O reggae traz cor e resgata a ancestralidade africana para o circuito Osmar (Campo Grande) na noite deste domingo (11). Manter viva a música reggae é fundamental não apenas para preservar uma forma de expressão artística, mas também para manter vivas as mensagens de paz, amor, união e justiça social que são intrínsecas a esse gênero musical. Originário da Jamaica, o reggae encontrou eco em diferentes partes do mundo, tornando-se uma voz para os marginalizados e oprimidos em diversas culturas.

 

No contexto de Salvador, o reggae desempenha papel na identidade e na cultura da cidade, e dentro do Carnaval de Salvador, o ritmo não poderia ficar de fora. O bloco Banana Reggae existe desde 1995, fundado pelo artista Thomé Vianna, com a intenção de continuar mantendo viva a importância crucial do reggae na Bahia: “O Banana Reggae é um bloco que contribui muito para a evolução do movimento reggae no cenário cultural. Não só o reggae, mas a cultura afro-brasileira. O Banana Reggae completa 28 anos de carnaval, então é muita resistência, dedicação e trabalho. Fundei o bloco Banana Reggae em 1995, e o primeiro ano que o bloco saiu no carnaval foi em 1999. São 24 anos de muita energia positiva, muita luta, e o Ouro Negro possibilita que essa energia desfile mais uma vez na avenida”, afirma o presidente e fundador do bloco.

 

Thomé ainda afirma que se sente orgulhoso pela comunidade regueira abraçar o bloco com tanto apreço: “Eu me sinto feliz demais, tenho o maior orgulho, não só eu, mas toda a comunidade e a massa regueira, o movimento Reggae music não é só aqui na Bahia, mas em todo o Brasil. Então, para mim, é um privilégio muito importante para toda a diretoria do bloco saber que estamos inseridos no carnaval”, concluiu.

 

A associada Albani da Paixão diz, com muita emoção, que se sente extremamente feliz ao representar o bloco por mais um ano: “Eu saio aqui no Banana Reggae há 10 anos, e saio porque é um lugar que tem a ver com todas as minhas características. Eu sou uma preta autêntica, amo a liberdade e é aqui que posso ser quem sou.” E continuou: “Essa filosofia de vida é o que me move, sabe? Ver meu povo preto aqui poder resgatar a África dentro do Carnaval não tem preço para mim, o reggae é o que me move todos os dias e hoje não seria diferente.”

 

Manter vivo o reggae music significa preservar não apenas um estilo musical, mas também um movimento cultural e social que continua a inspirar e unir pessoas em todo o mundo

 

Carnaval Ouro Negro 2024 - O Carnaval da Bahia é Ouro Negro. Em 2024, foram investidos R$15 milhões para proporcionar o apoio a mais de 170 grupos dos segmentos afro, afoxé, samba, reggae e de índio. Só no carnaval de Salvador são mais de 100 entidades que desfilam nos circuitos oficiais da folia. Entre as entidades contempladas estão grupos tradicionais como o Olodum, Ilê Aiyê, Filhos de Gandhy, Muzenza e Cortejo Afro.  A SecultBA amplia sua parceria com blocos tão importantes com o intuito de preservar a tradição destes na folia soteropolitana e nas suas comunidades de origem, valorizando as nossas matrizes africanas.

 

Carnaval da Cultura – Comemorar, enaltecer e fortalecer os Blocos Afro em seus 50 anos de existência, contados a partir do nascimento do Ilê Aiyê, o pioneiro, é garantir que a festa também seja um lugar para que negras e negros baianos contem as suas narrativas e façam parte da história do mundo. Por isso, o tema do Carnaval da Bahia em 2024 é os 50 anos de Blocos Afro - Nossa Energia é Ancestral. Em cada circuito, em cada sorriso, em cada bloco desfilando as belezas do povo preto, em cada brilho pelas ladeiras do Pelô. É uma folia animada, diversa e democrática do Carnaval e é também a preservação do patrimônio cultural, com o apoio ao carnaval tradicional dos mascarados de Maragojipe. O Carnaval da Cultura é promovido pelo Governo do Estado, "50 anos dos Blocos Afro - Carnaval da Bahia 2024 - Nossa Energia é Ancestral".