#CARNAVALDACULTURA Filhos do Congo desfila no circuito Osmar (ContraFluxo) no domingo de carnaval

12/02/2024

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Nos últimos preparativos para o desfile que começa pelo circuito Batatinha, o trio do bloco ‘Filhos do Congo’ afina o som e o tambor. Neste domingo (11), quarto dia de carnaval, a entidade do bairro de Cajazeiras, celebra este carnaval com o tema Tereza de Benguela.

 

O afoxé homenageia este ano as Marias, as Terezas e todas as mulheres. Tereza lutou e deixou legado de força, resistência e fé. “As pessoas precisam conhecer a nossa história e saber que a participação da mulher foi crucial em muitos movimentos sociais”, destaca Nadinho do Congo, fundador e coordenador geral do bloco, explicando a escolha do tema.

 

Com 45 anos de existência, Filhos do Congo luta pela Identidade cultural, diversidade e inclusão, seguindo a responsabilidade incorporada da maioria das instituições de matriz africana. “É preciso que essas entidades sejam contempladas com os projetos de governo, nas comunidades, nós ensinamos música, dança, capoeira, customização, educação social, entre outras atividades”, reforça Nadinho.


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O bloco Malê de Malembá, de Candeias, veio prestigiar os Filhos do Congo, com mais de 100 participantes. Representando Quilombos da Boca de Lobo e de caboclo do município de Candeias. “Um agradecimento ao governador e toda equipe que vem trabalhando para dar visibilidade aos Blocos Afro da Bahia”, ressaltou o presidente do bloco Malê, Rubem do Malembá.

 

Sonia Maria dos Santos, gestora da promoção e igualdade social de Candeias, destaca que o combate ao racismo estrutural e a intolerância religiosa não podem parar. “Sair pelas ruas é um ato de coragem e luta pela preservação da nossa cultura”, finaliza Sônia.  Para yalorixá, Maria Cristina de Jesus, falou que “representar os Filhos do Congo é um prazer e um ato de resistência para nossos terreiros e fé”.

 

O afoxé Filhos do Congo desenvolve diversas atividades culturais e ações sociais, sendo os desfiles de carnavais apenas algumas de suas ações, sobretudo na comunidade de Cajazeiras ao qual desenvolve um trabalho de orientação de crianças e adolescentes, com aulas no contra turno escolar de dança e música.

 

Carnaval Ouro Negro 2024 - O Carnaval da Bahia é Ouro Negro. Em 2024, foram investidos R$15 milhões para proporcionar o apoio a mais de 170 grupos dos segmentos afro, afoxé, samba, reggae e de índio. Só no carnaval de Salvador são mais de 100 entidades que desfilam nos circuitos oficiais da folia. Entre as entidades contempladas estão grupos tradicionais como o Olodum, Ilê Aiyê, Filhos de Gandhy, Muzenza e Cortejo Afro.  A SecultBA amplia sua parceria com blocos tão importantes com o intuito de preservar a tradição destes na folia soteropolitana e nas suas comunidades de origem, valorizando as nossas matrizes africanas.

Carnaval da Cultura – Comemorar, enaltecer e fortalecer os Blocos Afro em seus 50 anos de existência, contados a partir do nascimento do Ilê Aiyê, o pioneiro, é garantir que a festa também seja um lugar para que negras e negros baianos contem as suas narrativas e façam parte da história do mundo. Por isso, o tema do Carnaval da Bahia em 2024 é os 50 anos de Blocos Afro - Nossa Energia é Ancestral. Em cada circuito, em cada sorriso, em cada bloco desfilando as belezas do povo preto, em cada brilho pelas ladeiras do Pelô. É a folia animada, diversa e democrática do Carnaval e é também a preservação do patrimônio cultural, com o apoio ao carnaval tradicional dos mascarados de Maragojipe. O Carnaval da Cultura é promovido pelo Governo do Estado, "50 anos dos Blocos Afro - Carnaval da Bahia 2024 - Nossa Energia é Ancestral".