#CARNAVALDACULTURA Bloco Quero ver o Momo desfila nas ruas do Pelourinho neste domingo de carnaval

11/02/2024


queroveromomo



Reunindo marchinhas de carnaval, confetes e serpentinas, o bloco ‘Quero ver o Momo’ saiu pelas ruas do Pelourinho, no domingo (11) de carnaval. O circuito Batatinha sacudiu ao som de fanfarras, sopro e percussão. O foco no respeito à melhor idade, o bloco se concentra na rua das Laranjeiras e segue até a ladeira da Praça.

Com o tema  ‘Memórias Afro Carnavalesca de Salvador’, o bloco carrega o   compromisso de salvaguardar os antigos carnavais e possui 38 anos de história. Com uma média de 600 foliões, o bloco seguiu pelo circuito esbanjando alegria e beleza. A sede do bloco fica no bairro da Federação e desfila somente hoje no Pelourinho.

O bloco convidou a banda ‘Recordar’, com 30 homens, para fazer a alegria do Pelô. O cortejo tem alas culturais entre eles: afoxés, capoeiristas, baianas, realeza com o rei momo e a rainha, entre outros. Para Cris Santana, presidente do bloco, “trazer a ideia de  pertencimento e identidade do carnaval sem perder a essência da nossa cultura ancestral". A ala realeza segue na frente do cortejo.

Os desfiles dos antigos clubes de carnavais inspiraram o bloco a fazer um concurso cultural (Realeza Momesca da Melhor Idade) onde eles elegem o rei momo, a rainha e a miss simpatia da melhor idade. A valorização da ancestralidade do povo brasileiro é um dos pilares do bloco. Resgatar os antigos carnavais, trazer para a rua a diversidade e enfrentar o etarismo são forças que fazem o bloco desfilar.

Juci Sodré, 62, estava radiante como rainha do bloco. Ao falar sobre a idade, ela gritou com muita alegria que ainda este mês, de fevereiro, vai celebrar 63. “Aqui os idosos têm espaço e são respeitados. Sou terceira idade com muita alegria e amo carnaval e, quero levar essa mensagem para a galera da melhor idade. Nós temos muito amor e energia para dar”, finaliza. 

O rei momo, educador social, que estava cotado para fazer fotografias com os foliões, destacou que “precisamos dar espaço para a galera da melhor idade, temos vida e alegria”. “O apoio do Ouro Negro é crucial para o acontecimento desses projetos. Com a cultura da democratização do carnaval pipoca isso só reforça nossa luta pelo direito de mostrar nossa cultura ", destacou Cris empolgada com o desfile.

 

Carnaval Ouro Negro 2024 - O Carnaval da Bahia é Ouro Negro. Em 2024, foram investidos R$15 milhões para proporcionar o apoio a mais de 170 grupos dos segmentos afro, afoxé, samba, reggae e de índio. Só no carnaval de Salvador são mais de 100 entidades que desfilam nos circuitos oficiais da folia. Entre as entidades contempladas estão grupos tradicionais como o Olodum, Ilê Aiyê, Filhos de Gandhy, Muzenza e Cortejo Afro.  A SecultBA amplia sua parceria com blocos tão importantes com o intuito de preservar a tradição destes na folia soteropolitana e nas suas comunidades de origem, valorizando as nossas matrizes africanas.

Carnaval da Cultura – Comemorar, enaltecer e fortalecer os Blocos Afro em seus 50 anos de existência, contados a partir do nascimento do Ilê Aiyê, o pioneiro, é garantir que a festa também seja um lugar para que negras e negros baianos contem as suas narrativas e façam parte da história do mundo. Por isso, o tema do Carnaval da Bahia em 2024 é os 50 anos de Blocos Afro - Nossa Energia é Ancestral. Em cada circuito, em cada sorriso, em cada bloco desfilando as belezas do povo preto, em cada brilho pelas ladeiras do Pelô. É a folia animada, diversa e democrática do Carnaval e é também a preservação do patrimônio cultural, com o apoio ao carnaval tradicional dos mascarados de Maragojipe. O Carnaval da Cultura é promovido pelo Governo do Estado, "50 anos dos Blocos Afro - Carnaval da Bahia 2024 - Nossa Energia é Ancestral".