Foto: Roberto Viana
Foliãs e foliões ficaram surpresos com a espontaneidade do músico e compositor Dom Chicla, quando ele desceu do palco para cantar e dançar samba de roda junto com o público durante o Carnaval do Pelô, no final da noite deste sábado, 10, no Largo Pedro Archanjo.
Com três décadas de caminhada no circuito musical, a formação artística de Dom Chicla foi forjada no ambiente familiar, com ensinamento do também músico sambista, Roque Beteque, pai do artista. Ele contou que bebe na raiz do samba de roda, e que chega aos 30 anos de carreira, sendo abençoado de poder contribuir com o Carnaval do Pelô.
“Eu vou gravar um disco de samba, em homenagem a esses 30 anos. Nessas últimas décadas, eu venho bebendo e absorvendo tudo o que a nossa terra tem, e de cada canto da Bahia, para escrever os meus versos e prosas”, contou o músico.
O folião soteropolitano do bairrode Cosme de Farias e arte-educador, Vaguiner Braz, disse que foi uma surpresa prestigiar o show do músico Dom Chicla. “Nos surpreendemos, porque ele tem um repertório diferenciado. Ele também tem composições que já são famosas na voz de outros cantores. Dom é carismático e sustentou o show com muita energia, ao descer do palco e dançar com o público. Ele é muito bom!”, contou o arte-educador.
Membro do coletivo de músicos intitulado “Parque Sonoro”, composto por Saulo Fernandes, Paulo Bez, Ariel Rangel e Gigi Cerqueira, Dom Chicla reconhece o incentivo do Governo da Bahia como uma ação incrível para artistas de Salvador e do interior da Bahia.
“Quando se trata de potencializar novos artistas e nem tão novos, que não tiveram oportunidade de furar essa bolha industrial, esses artistas continuam vivos devido a esse apoio que a Secretaria de Cultura garante aos artistas. Isso é imprescindível e fundamental para mantermos a chama acesa da nossa cultura por gerações”, concluiu Dom Chicla.