#CARNAVALDACULTURA Artistas brilham em noite dedicada ao samba no Pelourinho

11/02/2024

Matilde

Foto: Jasf Andrade


Os foliões lotaram o Largo Quincas Berro D’Água na noite deste sábado (10), para prestigiar a programação dedicada ao samba,em um encontro de artistas que celebraram o ritmo ligado à ancestralidade negra, e que tem lugar de destaque na festa carnavalesca.


Com muita firmeza e potência na voz, a cantora Matilde Charles abriu a noite com a canção Candongueiro, popular na voz de Clara Nunes. A sambista baiana trouxe em todo seu repertório grandes compositores, mesclando o samba do Recôncavo da Bahia e do Rio de Janeiro, como Nelson Rufino, Arlindo Cruz e Raimundo Sodré.


“É muito gratificante estar pela segunda vez no Pelourinho, exaltando clássicos do samba, um estilo que representa nossa identidade, principalmente numa festa que é folia e movimento, como o carnaval de Salvador”, revelou Matilde.


Fã de samba, a psicóloga Fernanda Elisa, moradora de Brotas, declara como se sente ao curtir o gênero musical. “Estou muito feliz de estar aqui, curtindo clássicos do samba porque está na nossa raiz e, para mim, hoje foi o melhor dia do carnaval”, destacou a sambista que sempre escolheu o Pelourinho para curtir os carnavais. Nesta mesma linha, a professora Marta Silva, 60 anos, afirmou que “o samba é minha vida e desde pequena eu vivo de samba”, ressaltou.


CBX

Foto: Erickson Araújo


Dando seqüência à noite, a banda CBX subiu ao palco levando toda energia pela primeira vez no carnaval do Pelourinho. A banda apresentou um repertório diverso, desde o samba raiz, entre outros estilos musicais. O vocalista da banda, Renanzinho, expressou sua alegria de fazer parte da programação do Carnaval #AmôpeloPelô.“Foi muito maravilhoso estrear no Carnaval do Pelourinho e eu agradeço ao Governo da Bahia pela oportunidade de enaltecer o samba, através do CBX’, disse.

Quem também foi ao Quincas Berro D’Água curtir os artistas do samba foi a supervisora de saúde ocupacional Gleides Lana, 45 anos. Moradora de Camaçari, Gleidesaprovou a diversidade de estilos musicais no Pelourinho. “Eu entendo que essa pluralidade de cultura e de estilos musicais nos fortalece e isso nos deixa à vontade aqui no Carnaval do Pelô”, declarou.


negrosdefe

Foto: Erickson Araújo


Para fechar a noite do samba, a banda Negro de Fé trouxe um repertório recheado de canções de grupos da própria cidade, como Samba Tororó.Bira, líder da banda, considera o Pelourinho um espaço muito sagrado e que dialoga com a diversidade cultural da Bahia.

“Nós temos 26 anos de estrada e o Pelourinho sempre nos abraçou. Neste carnaval não seria diferente enaltecer canções brilhantes com mensagens que realmente purificam nossa alma e esse é o objetivo do Negro de Fé, fazer a alegria do povo”, finalizou Bira, que encantou a plateia com seu canto em sintonia fina com a sonoridade do grupo Negros de Fé.

 

Carnaval Amô Pelo Pelô 2024 - Todo dia é tempo de demonstrar o #AmôPeloPelô. Mas no Carnaval esse movimento se intensifica e o Governo da Bahia investe para fazer das ruas, ladeiras, vielas e largos verdadeiros palcos de expressão da nossa cultura. No Pelourinho, a folia é  animada, diversa e democrática que abraça o carnaval de rua, microtrios e nanotrios, além de promover, nos palcos, grandes encontros musicais e variados ritmos numa ampla programação. Tem Afro, Reggae, Arrocha, Axé, Antigos Carnavais, Samba, RAP, Pagode/Pagotrap, pop e Guitarra Baiana, além de Orquestras e Bailes Infantis.

Carnaval da Cultura – Comemorar, enaltecer e fortalecer os Blocos Afro em seus 50 anos de existência, contados a partir do nascimento do Ilê Aiyê, o pioneiro, é garantir que a festa também seja um lugar para que negras e negros baianos contem as suas narrativas e façam parte da história do mundo. Por isso, o tema do Carnaval da Bahia em 2024 são os 50 anos de Blocos Afro - Nossa Energia é Ancestral. Em cada circuito, em cada sorriso, em cada bloco desfilando as belezas do povo preto, em cada brilho pelas ladeiras do Pelô. É o carnaval dos blocos afro, de samba, de reggae e dos afoxés, apoiados por meio do Edital Ouro Negro para desfilar nos três principais circuitos da folia: Batatinha, Dodô e Osmar. É a folia animada, diversa e democrática do Carnaval e é também a preservação do patrimônio cultural, com o apoio ao carnaval tradicional dos mascarados de Maragojipe. O Carnaval da Cultura é promovido pelo Governo do Estado, "50 anos dos Blocos Afro - Carnaval da Bahia 2024 - Nossa Energia é Ancestral".