#CARNAVALDACULTURA Àttooxxá trancou o Largo do Pelourinho e fez o baile na noite deste sábado

11/02/2024

Àttooxxá

 Foto: Jasf Andrade


Daquele jeitão, o grupo Àttooxxá trancou a rua do Largo do Pelourinho para fazer o baile, durante a programação deste sábado, 10. Colocando o público para meter dança, Oz, RDD, Raoni, Chibatinha e banda tocaram sucessos, reafirmando porque o pagodão tem espaço especial no carnaval baiano.


O pagodãoreafirmou por que o Àttooxxá faz pulsar a música negra, baiana e brasileira para o mundo, trazendo diversas influências musicais da diáspora africana.


Vestidos com a indumentária ‘elegantemente sofisticada’ do Cortejo Afro, a banda deu sequência à série de homenagens aos blocos afro. Referência na produção musical ancorada no Afropop brasileiro, Rafa Dias, mais conhecido como RDD, destacou a importância de tocar no Pelô.


RDD destacou que o Pelourinho é um lugar muito sagrado na Bahia, e no Carnaval mais ainda, por isso aproveitaram a oportunidade para homenagear as entidades negras.


“Passar pelo Pelourinho, por todas as praças e chegar a esse local [Largo do Pelourinho], para mim, talvez, seja o maior abraço que o Pelourinho dá. É mais um passo, mais uma oportunidade de mostrar nosso som para mais pessoas. Trancar a rua, mostrar o que a gente tem para falar, o que a gente é como banda, cultura, legado”, disse RDD, fundador da banda Àttooxxá.


Àttoxxaa

 Foto: Jasf Andrade


A bibliotecária Cecília Nascimento, 27 anos, fez parte da turma de foliões que na noite de hoje estiveram com o celular na caixa postal porque estavam ocupados,‘metendo dança’.


“O show do Àttooxxá aqui no Pelourinho é sempre um momento de se divertir e de saudar a nossa ancestralidade”, declarou Cecília.


Para o produtor cultural, Itamar Moreira, 31 anos, que também acompanha a banda há muito tempo, é de extrema relevância ter o pagodão no carnaval do Centro Histórico. “Reforça a cultura negra dentro desse circuito, sobretudo, no Pelourinho, que é um lugar de muita ressignificação. Subverte a lógica de uma cultura hegemônica”, disse Itamar.


Carnaval Ouro Negro 2024 - O Carnaval da Bahia é Ouro Negro. Em 2024, foram investidos R$15 milhões para proporcionar o apoio a mais de 170 grupos dos segmentos afro, afoxé, samba, reggae e de índio. Só no carnaval de Salvador são mais de 100 entidades que desfilam nos circuitos oficiais da folia. Entre as entidades contempladas estão grupos tradicionais como o Olodum, Ilê Aiyê, Filhos de Gandhy, Muzenza e Cortejo Afro.  A SecultBA amplia sua parceria com blocos tão importantes com o intuito de preservar a tradição destes na folia soteropolitana e nas suas comunidades de origem, valorizando as nossas matrizes africanas.

 

Carnaval Amô Pelo Pelô 2024 - Todo dia é tempo de demonstrar o #AmôPeloPelô. Mas no Carnaval esse movimento se intensifica e o Governo da Bahia investe para fazer das ruas, ladeiras, vielas e largos verdadeiros palcos de expressão da nossa cultura. No Pelourinho, a folia é  animada, diversa e democrática que abraça o carnaval de rua, microtrios e nanotrios, além de promover, nos palcos, grandes encontros musicais e variados ritmos numa ampla programação. Tem Afro, Reggae, Arrocha, Axé, Antigos Carnavais, Samba, RAP, Pagode/Pagotrap, pop e Guitarra Baiana, além de Orquestras e Bailes Infantis.

 

Carnaval da Cultura – Comemorar, enaltecer e fortalecer os Blocos Afro em seus 50 anos de existência, contados a partir do nascimento do Ilê Aiyê, o pioneiro, é garantir que a festa também seja um lugar para que negras e negros baianos contem as suas narrativas e façam parte da história do mundo. Por isso, o tema do Carnaval da Bahia em 2024 são os 50 anos de Blocos Afro - Nossa Energia é Ancestral. Em cada circuito, em cada sorriso, em cada bloco desfilando as belezas do povo preto, em cada brilho pelas ladeiras do Pelô. É o carnaval dos blocos afro, de samba, de reggae e dos afoxés, apoiados por meio do Edital Ouro Negro para desfilar nos três principais circuitos da folia: Batatinha, Dodô e Osmar. É a folia animada, diversa e democrática do Carnaval e é também a preservação do patrimônio cultural, com o apoio ao carnaval tradicional dos mascarados de Maragojipe. O Carnaval da Cultura é promovido pelo Governo do Estado, "50 anos dos Blocos Afro - Carnaval da Bahia 2024 - Nossa Energia é Ancestral".