#CARNAVALDACULTURA Didá Banda Feminina celebra 30 anos com homenagem ao Mestre Neguinho do Samba

11/02/2024

DIDA

“Nasceu preta e nasceu mulher”, mas, curiosamente, veio ao mundo pelas mãos de dois homens célebres: Neguinho do Samba e Paul Simon, um dos ídolos da música pop internacional. Os 30 anos da Banda Didá no Carnaval de 2024 estão sendo marcados pela emocionante homenagem ao saudoso criador do grupo, com o tema "Neguinho do Samba, O Grande Afrofuturista Brasileiro". A Banda Didá, considerada a maior banda feminina afro percussiva brasileira, desfilou no circuito Osmar na tarde deste sábado (10).

 

Nascida sob o distintivo da inovação, a Didá tem uma história inspiradora e que representa não apenas a riqueza musical da cultura afro-brasileira, mas também o poder e a voz das mulheres. Com ritmos vibrantes, performances energéticas e letras que ecoam mensagens de empoderamento e resistência, a Banda Didá conquistou seu lugar de destaque a partir de uma trajetória musical marcada por uma fusão de influências, que vão desde os ritmos tradicionais africanos até as sonoridades contemporâneas. Esse ‘caldeirão’ musical, aliado ao talento e à paixão de suas integrantes, resulta em apresentações memoráveis que celebram a diversidade cultural e a força da feminilidade.

 

A vice-presidente da Didá, Débora Souza, afirma a importância do grupo cultural para o cenário soteropolitano: “É difícil falar desse bloco que ajuda tantas meninas. é paixão, é amor. Independente dos recursos de cada uma dessas meninas elas fazem desse bloco um lugar de força e resistência, elas amam poder aprender coisas novas. A banda Didá transformou e transforma a vida de muitas dessas meninas aqui, é um orgulho poder ajudar tantas delas, graças ao apoio de muita gente, incluive do Ouro Negro. É um resgate de auto estima, de identidade, Didá é vida”, afirma Débora, que também é filha do fundador, Neguinho do Samba.

 

Além de sua contribuição para a música, a Didá também é reconhecida por seu compromisso com causas sociais e culturais. Ao longo dos anos, a banda tem promovido projetos educacionais, workshops e iniciativas de empoderamento feminino, inspirando uma geração de jovens artistas e ativistas.

 

“Ao celebrar três séculos da Banda Didá no Carnaval de 2024, não apenas homenageamos o legado de Neguinho do Samba, mas também celebramos a trajetória de uma banda que continua a inspirar e empoderar pessoas ao redor do mundo com sua música e sua mensagem de amor, respeito e igualdade”, destaca a conselheira de Igualdade Racial do Distrito Federal.Ingrid Luz, de 23 anos. Ingrid é foliã do bloco e ainda afirma que “é de uma felicidade sem tamanho poder estar presente em Salvador e homenagear Neguinho do Samba o qual teve a honra de conhecer e prestigiar.

A banda Didá ainda desfila neste carnaval, nesta segunda-feira (12) no circuito Osmar às 13h30 da tarde; já à noite, é a vez do Centro Histórico reverenciar o bloco das mulheres às 20h, na praça Castro Alves.