#CARNAVALDACULTURA Carnaval do Pelô se rende à Nininha Problemática

10/02/2024

nininha nininha

A cantora e drag queen Nininha Problemática subiu ao palco do Largo Tereza Batista, na segunda noite de Carnaval Amô Pelo Pelô, para colocar todos para dançarem com seu estilo Pagotrap, uma mistura de diversos gêneros como o pagode baiano, a música eletrônica e o funk. Nas letras, a abordagem de questões sociais comuns às periferias das cidades, já que as raízes do Pagotrap vêm dos guetos urbanos.

Diego Santtos, que interpreta Nininha Problemática nos palcos, se inspirou em nomes como Gloria Groove e Pablo Vittar. Entre as suas parcerias musicais estão outros artistas locais como Léo Kret, Pepita e Miguella Magnata. Nininha Problemática possui mais de 200 mil seguidores nas redes sociais e tem atraído cada vez mais fãs às suas apresentações.

O nome artístico, surgido ainda no Ensino Médio, segundo o artista, foi dado por Deus. “Depois desses seis anos de carreira, eu aprendi que esse nome foi um presente da espiritualidade na minha vida, porque Nininha Problemática mudou a minha vida”, revela.

Sobre a primeira a primeira vez a se apresentar no Carnaval do Pelô, ela ressaltou “Eu tenho vivido essa experiência nos últimos tempos, vendo essa reocupação do Centro Histórico. Fazer essa carnaval aqui, dando espaço para os artistas baianos que estão começando, acho muito massa. Espero que isso reverbere e dure por muito tempo”, ressaltou a artista.

Atuar no filme ‘Ó Paí, Ó II’, que ocupou as telas de cinema no final de 2023, foi a realização da cantora: “Eu realizei um sonho de muito tempo, dividir tela com artistas que eu admiro, que cresci vendo, assistindo, compartilhar comigo essa experiência foi maravilhosa. Além de participar do filme e ver a minha música na trilha sonora, eu pude participar da produção na equipe de maquiagem, foi muito especial”.

Nininha destacou o momento de visibilidade que os artistas trans tem tido: “Essa visibilidade é extremamente importante para a gente, nós somos pessoas de potências, pessoas completamente capazes, talentosas que merecemos espaços e reconhecimentos”, declarou.

Lidiane Martins, 34, anos, professora de Língua Portuguesa, moradora do bairro do Rio Vermelho e frequentadora assídua do Carnaval do Pelô, está curtindo muito os shows: “É a minha primeira noite no Carnaval do Pelô, eu venho todos os anos, para mim é o melhor carnaval que há, para quem não quer aglomeração e gosta de da diversidade”, destacou.

Isli Almeida, 38 anos de idade, técnico administrativo, morador do bairro da Liberdade, também curte o carnaval do Pelourinho há anos, e é um dos fãs de Nininha Problemática. “Eu venho ao Carnaval do Pelô todos os anos. Eu conheço as músicas de Nininha Problemática, por causa das redes sociais e dos comentários dos amigos, mas vendo ao vivo, eu gostei muito mais. Ela tem um repertório diverso, uma performance ao vivo muito bacana de ver, é divertido.”, ressaltou Isli Almeida.

Carnaval Amô Pelo Pelô 2024 - Todo dia é tempo de demonstrar o #AmôPeloPelô. Mas no Carnaval esse movimento se intensifica e o Governo da Bahia investe para fazer das ruas, ladeiras, vielas e largos verdadeiros palcos de expressão da nossa cultura. No Pelourinho, a folia é animada, diversa e democrática que abraça o carnaval de rua, microtrios e nanotrios, além de promover, nos palcos, grandes encontros musicais e variados ritmos numa ampla programação. Tem Afro, Reggae, Arrocha, Axé, Antigos Carnavais, Samba, RAP, Pagode/Pagotrap, pop e Guitarra Baiana, além de Orquestras e Bailes Infantis.

Carnaval da Cultura – Comemorar, enaltecer e fortalecer os Blocos Afro em seus 50 anos de existência, contados a partir do nascimento do Ilê Aiyê, o pioneiro, é garantir que a festa também seja um lugar para que negras e negros baianos contem as suas narrativas e façam parte da história do mundo. Por isso, o tema do Carnaval da Bahia em 2024 são os 50 anos de Blocos Afro - Nossa Energia é Ancestral. Em cada circuito, em cada sorriso, em cada bloco desfilando as belezas do povo preto, em cada brilho pelas ladeiras do Pelô. É o carnaval dos blocos afro, de samba, de reggae e dos afoxés, apoiados por meio do Edital Ouro Negro para desfilar nos três principais circuitos da folia: Batatinha, Dodô e Osmar. É a folia animada, diversa e democrática do Carnaval e é também a preservação do patrimônio cultural, com o apoio ao carnaval tradicional dos mascarados de Maragojipe. O Carnaval da Cultura é promovido pelo Governo do Estado, "50 anos dos Blocos Afro - Carnaval da Bahia 2024 - Nossa Energia é Ancestral".