#CARNAVALDACULTURA Com atrações da capital e do interior, Carnaval do Pelô valoriza diversidade regional baiana

09/02/2024

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Desde que se aventurou no trombone, em meados de 2019, o jovem Samuel Ferreira, 19 anos, deseja seguir carreira na área musical. O músico nascido e criado em São Félix, no Recôncavo Baiano, participa pela primeira vez do carnaval na capital baiana. Samuel integra a Orquestra Baile Renascer, uma das atrações do Carnaval Amô Pelo Pelô, na tarde desta sexta-feira (09). 

 

A Orquestra Baile Renascer, que alegrou a Largo Pedro Archanjo com marchinhas carnavalescas clássicas, faz parte da Sociedade Filarmônica União Sanfelixta, uma organização secular, fundada em 7 de setembro de 1916. O presidente e maestro da instituição, Hadson de Oliveira, comemora a participação no Carnaval do Pelô, pois considera uma importante forma de visibilizar artistas e produtores culturais do interior da Bahia. “É importante dar visibilidade às bandas carnavalescas do interior e fazer esse intercâmbio para que o público possa também conhecer tudo que tem de bom no Recôncavo”, explicou Hadson.

 

Já a banda Pimenta Nativa fez a festa na tarde do Largo Pedro Archanjo. “É uma honra subir no palco aqui do Pelourinho por toda representatividade que o Pelourinho tem. A gente fica muito feliz”, disse Raquel Tombesi, cantora da banda.

 

Direto de Feira de Santana, a cantora Gabi Moraes levou para a Praça Tereza Batista o “arrochanejo”, um ritmo que mistura arrocha e sertanejo. A empresária Neiaria Dias, 51 anos, veio de São Paulo para curtir a folia momesca, com o objetivo de "arrochar”. “Estar no Carnaval de Salvador, que é a maior festa de rua do mundo, me deixa feliz. Ser de Feira de Santana e ver esses artistas acontecendo e levando o nome da minha cidade tem sido muito importante porque os olhos estão se voltando também para a parte cultural que vem de lá”, comemora Gabi Moraes. 

 

Dentre as atrações que passaram pelo Largo Quincas Berro D´água na tarde desta sexta-feira, 09, está Rosa Baiana, que foi vocalista da banda Didá, na formação inicial junto com o mestre Neguinho do Samba, fundador do grupo feminino de percussão. A cantora destacou a emoção de cantar no Carnaval do Pelô: “Eu sempre peço para tocar no Pelourinho porque a energia é muito boa. A gente se renova”, expressou Rosa.

Carnaval Amô Pelo Pelô 2024 - Todo dia é tempo de demonstrar o #AmôPeloPelô. Mas no Carnaval esse movimento se intensifica e o Governo da Bahia investe para fazer das ruas, ladeiras, vielas e largos verdadeiros palcos de expressão da nossa cultura. No Pelourinho, a folia é  animada, diversa e democrática que abraça o carnaval de rua, microtrios e nanotrios, além de promover, nos palcos, grandes encontros musicais e variados ritmos numa ampla programação. Tem Afro, Reggae, Arrocha, Axé, Antigos Carnavais, Samba, RAP, Pagode/Pagotrap, pop e Guitarra Baiana, além de Orquestras e Bailes Infantis.

Carnaval da Cultura – Comemorar, enaltecer e fortalecer os Blocos Afro em seus 50 anos de existência, contados a partir do nascimento do Ilê Aiyê, o pioneiro, é garantir que a festa também seja um lugar para que negras e negros baianos contem as suas narrativas e façam parte da história do mundo. Por isso, o tema do Carnaval da Bahia em 2024 são os 50 anos de Blocos Afro - Nossa Energia é Ancestral. Em cada circuito, em cada sorriso, em cada bloco desfilando as belezas do povo preto, em cada brilho pelas ladeiras do Pelô. É o carnaval dos blocos afro, de samba, de reggae e dos afoxés, apoiados por meio do Edital Ouro Negro para desfilar nos três principais circuitos da folia: Batatinha, Dodô e Osmar. É a folia animada, diversa e democrática do Carnaval e é também a preservação do patrimônio cultural, com o apoio ao carnaval tradicional dos mascarados de Maragojipe. O Carnaval da Cultura é promovido pelo Governo do Estado, "50 anos dos Blocos Afro - Carnaval da Bahia 2024 - Nossa Energia é Ancestral".