A alegria presente nas ruas, ladeiras e largos do Pelourinho nesta quinta-feira (08) mostra que o Carnaval do Pelô é movido por uma energia ancestral e começou com tudo. Já na largada da folia de 2024, o público pode conferir a diversidade de atrações, sons e ritmos como o axé, o samba reggae, o pagode e até o forró. Dentre os artistas que já se apresentaram neste primeiro dia de folia, estão Filhos de Jorge, Márcia Castro, Aila Menezes, Filomena Bagaceira, entre outras atrações.
Abrindo a programação, o Largo Pedro Archanjo recebeu Léo Fera e Forrozão, trazendo um repertório eclético. O artista falou da importância de se apresentar no Pelourinho. Aqui é um patrimônio histórico do Brasil. Quando a gente é convidado para estar aqui, a gente fica eufórico por englobar várias partes do Brasil, várias pessoas do mundo estão aqui”, disse Léo Fera.
A paraense Thaís de Sousa, 32 anos, mora no Chile e participou da folia baiana ano passado e este ano fez questão de curtir novamente. “É uma cultura diferente com diversos ritmos que a gente pode compartilhar e se sentir bem”, declaraThaís.
A turma forrozeira também curtiu ao som de Del Feliz, que colocou o público para arrastar a chinela no Largo Pedro Archanjo. “Fazer o forró dentro do carnaval tem um sentindo muito grande. O forró inclusive tem algumas canções que viraram clássicas do carnaval, como Cometa Mambembe. Há uma relação muito forte entre os galopes juninos. Participar do carnaval para mim é motivo de muita alegria porque é o momento da gente se juntar”, declara Del Feliz.
Em busca desse encontro, Dona Valmira Ferreira, 60 anos,freqüenta o Pelourinho e este ano fez questão de prestigiar o show da banda Filhos de Jorge, no Largo Quincas Berro D'Água. Com um show dançante, repleto de clássicos, o grupo colocou o público para balançar. Dona Valmira não perdeu um passo da coreografia. “Muito bom estar aqui. O carnaval daqui é muito massa. Deus me livre de não ser baiana”, celebrou Valmira.
Público elogia diversidade do Pelô
A banda de forró Filomena Bagaceira fez o público movimentar o corpo em ritmo de forró, surpreendendo com inovação ao misturar arrasta pé com música eletrônica e funk. Criada em 2000, a banda, além de músicos instrumentistas, reúne a cantora Sara Reis e o cantor Mamar de Souza.
Mamar de Souza disse que a banda viaja pelo país envolvendo o Brasil com um ritmo nordestino, que também agrega influência musical de outros ritmos. “Participamos em outros anos e ficamos felizes por mais uma vez estarmos nesse evento carnavalesco, por ser multicultural e ser a cara da Bahia, e para nós, é uma honra fazer parte do carnaval”, disse. “Entregamos um repertório atualizado, com alegria e diversão”, conta a cantora Sara Reis, da banda Filomena Bagaceira.
A foliã soteropolitana, fã da Filomena Bagaceira e do Carnaval do Pelô da Bahia, Greice Kelly Moreira, disse que a banda entrega shows inesquecíveis, com repertório diverso, contemplando outros ritmos da Bahia e do país. “Acompanho a banda Filomena há mais de três anos, porque costuma apresentar um show dançante e alto astral; e por estar no Pelô, onde há as raízes africanas, tudo a ver com o Carnaval de 2024”, disse.
Carnaval Amô Pelo Pelô 2024 - Todo dia é tempo de demonstrar o #AmôPeloPelô. Mas no Carnaval esse movimento se intensifica e o Governo da Bahia investe para fazer das ruas, ladeiras, vielas e largos verdadeiros palcos de expressão da nossa cultura. No Pelourinho, a folia é animada, diversa e democrática que abraça o carnaval de rua, microtrios e nanotrios, além de promover, nos palcos, grandes encontros musicais e variados ritmos numa ampla programação. Tem Afro, Reggae, Arrocha, Axé, Antigos Carnavais, Samba, RAP, Pagode/Pagotrap, pop e Guitarra Baiana, além de Orquestras e Bailes Infantis.
Carnaval da Cultura – Comemorar, enaltecer e fortalecer os Blocos Afro em seus 50 anos de existência, contados a partir do nascimento do Ilê Aiyê, o pioneiro, é garantir que a festa também seja um lugar para que negras e negros baianos contém as suas narrativas e façam parte da história do mundo. Por isso, o tema do Carnaval da Bahia em 2024 são os 50 anos de Blocos Afro - Nossa Energia é Ancestral. Em cada circuito, em cada sorriso, em cada bloco desfilando as belezas do povo preto, em cada brilho pelas ladeiras do Pelô. É a folia animada, diversa e democrática do Carnaval e é também a preservação do patrimônio cultural, com o apoio ao carnaval tradicional dos mascarados de Maragojipe. O Carnaval da Cultura é promovido pelo Governo do Estado, "50 anos dos Blocos Afro - Carnaval da Bahia 2024 - Nossa Energia é Ancestral".