06/09/2010
Logo após o feriado de 07 de setembro, equipe técnica multidisciplinar do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), órgão da Secretaria de Cultura (SecultBA) prepara um dos mais importantes eventos sobre o Patrimônio Cultural baiano já ocorrido estado. Participam cerca de 200 dirigentes e gestores da área cultural de 77 municípios integrantes dos territórios de identidade da Chapada Diamantina, Irecê, Piemonte da Diamantina, Piemonte Norte do Itapicuru e Velho Chico.
Na cidade-sede da reunião, Morro do Chapéu, a 384 km de Salvador, estão sendo esperados, nos dias 10 e 11 (setembro, 2010) quando acontece o encontro, artistas, produtores culturais, pesquisadores, professores e estudantes universitários, representantes territoriais, vereadores, prefeitos, entre outros técnicos e autoridades municipais e estaduais. Segundo o diretor geral do IPAC, Frederico Mendonça, o encontro marca as ações de salvaguarda do patrimônio cultural – material e imaterial – que o órgão vem empreendendo desde 2007.
“Além das obras de restauração de monumentos e sítios históricos em Salvador, Lençóis e Cachoeira que já somam mais de R$ 50 milhões investidos, um dos principais focos de atuação tem sido a educação patrimonial, tarefa que, direta e indiretamente, é primordial para a conscientização e a preservação dos bens culturais da Bahia”, diz Mendonça.
O IPAC investe, igualmente, em editais voltados para projetos da sociedade civil que entendem o patrimônio cultural como um produto a valorizar, com investimentos estimados em R$ 2,5 milhões, além de vistorias e assessoramentos técnicos a prefeituras municipais e realização de dezenas de Oficinas de Educação Patrimonial em diversos municípios baianos. Entre os últimos e importantes eventos sobre bens culturais promovidos pelo IPAC, estão o 1º Fórum de Patrimônio Material e o Encontro de Arte Rupestre que contou com especialistas internacionais e a mundialmente reconhecida arqueóloga Niède Guidon.
A coordenadora de Educação Patrimonial do IPAC, Ednalva Queiroz, destaca que o evento de Morro do Chapéu é importante por repassar conhecimentos aos municípios para que eles se organizem nas ações de preservação dos seus próprios patrimônios. “As legislações municipais, estaduais e federais em vigor sobre o patrimônio é um dos temas mais importantes para os gestores dominarem”, alerta a especialista em Educação. “Será um momento de integração dos territórios de identidade”, comemora Pitágoras Luna, representante territorial da SecultBA na Chapada Diamantina.
Para Milton Pinto Filho, secretário de Cultura e Turismo da Prefeitura de Morro do Chapéu – parceira na realização do evento – esse encontro é o mais importante feito pelo IPAC no estado. “Nunca houve ação como essa, e é valiosa por nos enriquecer com esclarecimentos, fazendo com que as comunidades valorizem seu próprio patrimônio e provocando mais planejamento por parte das prefeituras”, finaliza. Em três anos, as oficinas de Educação Patrimonial do IPAC já foram oferecidas às populações de Andaraí, Palmeiras, Lençóis, Iraquara, Wagner, Morro do Chapéu e Seabra e muitos outros municípios.
PROGRAMAÇÃO
Sexta, dia 10
19 h - Abertura (Secretário de Cultura da Bahia, Prefeitos Municipais)
20 h - Parâmetros para elaboração de alguns mecanismos legais de proteção o âmbito municipal ? Arquiteto Frederico Mendonça (Diretor Geral IPAC)
Sábado, dia 11
9h – Patrimônio Cultural ? Ednalva Queiroz (Coordenação Educação Patrimonial IPAC)
10h – Patrimônio Edificado ? Arquiteta Ligia Galeffi (SPLP/DIPAC/IPAC)
11h - Educação Patrimonial ? Ednalva Queiroz (Coordenação Educação Patrimonial IPAC)
12h – Almoço
14h – Patrimônio Arqueológico ? Núcleo Bahia Arqueológica/UFBA
15h – Comunicações Municipais ? Equipes apresentam trabalhos relevantes acerca do tema.
16h 30 min – Intervalo
16h30 – Comunicações Municipais ? Equipes apresentam trabalhos relevantes acerca do tema.
17h30 – Avaliação das Oficinas realizadas nos municípios integrantes do Circuito Arqueológico da Chapada
18h – Encerramento
20h – Jantar de confraternização