Filarmônica de Minas Gerais faz sua estreia no Norte e Nordeste do Brasil

03/09/2010
Na maior turnê nacional da Orquestra, a cidade de Salvador está confirmada entre as sete capitais que recebem a Filarmônica de Minas Gerais A primeira apresentação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais será no Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador, no dia 8 de setembro. A capital baiana abre a maior turnê nacional da Orquestra e primeira do Norte e Nordeste do Brasil. A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais prepara-se para percorrer, em 11 dias, mais de cinco mil quilômetros por sete estados das regiões Norte e Nordeste, em sua maior turnê nacional. Na bagagem dos 85 músicos viajam as partituras de O Guarani: Protofonia, de Carlos Gomes, o mais conhecido músico brasileiro do século XIX, Ruslan e Ludmila: Abertura, do russo Mikhail Glinka; a Abertura Egmont, de Beethoven, a Sinfonia n° 41, “Júpiter”, de Wolfgang Amadeus Mozart; e a bela Sinfonia n° 8 em Sol maior, do compositor tcheco Dvorák. Os músicos da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sob a regência do seu Diretor Artístico e Regente Titular, maestro Fabio Mechetti, vão transportar o cenário erudito para alguns dos mais importantes centros culturais do Brasil. Para o público de muitas capitais, será a oportunidade de assistir ao vivo a Filarmônica de Minas Gerais, já considerada a segunda maior do país, apesar de sua pouca idade – foi criada em fevereiro de 2008. A primeira apresentação será no Teatro Castro Alves, em Salvador, em 8 de setembro. Em seguida, no dia 10, o grupo leva a música clássica à Cine-Teatro Bangüê, em João Pessoa. Recife e Natal recebem a Filarmônica nos dias 12 e 14, respectivamente. A orquestra passará ainda por Fortaleza, no Teatro José de Alencar, no dia 16, e por Belém, no Theatro da Paz, no dia 17 - integrando a programação do 4° Festival Internacional de Ópera da Amazônia. Os preços dos ingressos vão de R$ 10 a R$ 20. Em Manaus, última capital a receber a Orquestra, a apresentação no imponente Teatro Amazonas terá ingresso a R$ 1, no projeto “Domingo de Um Real”. A viagem dos músicos pelo Norte e Nordeste é vista por Fabio Mechetti como um descobrimento mútuo. “Primeiro, um descobrimento de nossa parte em relação ao público das cidades que visitaremos. Depois, uma oportunidade da comunidade musical do Norte e Nordeste conhecer a mais nova orquestra do Brasil, que vem estabelecendo uma nova referência nacional”, explica Fabio Mechetti, também regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, na Flórida, EUA. A expectativa é mostrar o trabalho desenvolvido pela Filarmônica nos últimos dois anos e meio. A orquestra já foi aplaudida por mais de 170 mil pessoas em Minas Gerais e outros estados. “Esse período rendeu uma resposta fenomenal em Minas Gerais e também nas turnês anteriores que realizamos em Brasília, Goiânia, Rio, São Paulo e Campos do Jordão”, exemplifica Fabio Mechetti. “Acho importante mostrar que, a despeito das dificuldades que a música erudita brasileira vem passando há décadas, é possível, com vontade política e competência profissional, dar saltos impressionantes em direção a uma evolução substancial da música orquestral”. A escolha das capitais que fariam parte da turnê nacional da Filarmônica de Minas Gerais seguiu critérios dos mais simples, como localização, disponibilidade das salas de concerto e datas, passando por questões totalmente técnicas, como a adequação do programa e da orquestra à estrutura dos diferentes teatros. “Quisemos nos apresentar pela primeira vez para esse novo público com um repertório que fosse do agrado geral tanto dos apreciadores da música sinfônica quanto dos que a conhecem pouco. Muitos certamente poderão escutar uma orquestra sinfônica desse porte pela primeira vez. São, portanto, compositores que têm um apelo universal imediato como Mozart, Beethoven, Dvorák, e logicamente o nosso Carlos Gomes”, acrescenta o maestro. “Creio que o público do Norte e do Nordeste ficará tão surpreso com a qualidade e maturidade da Filarmônica, como aconteceu quando nos apresentamos na Sala São Paulo ou em Campos do Jordão. Esperamos, também, compartilhar com aqueles que nos prestigiarem momentos de grande alegria e prazer proporcionados pelo nosso trabalho”. Maestro Fabio Mechetti Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, o paulistano Fabio Mechetti também é regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, na Flórida, EUA, desde 1999. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix e Columbus, entre outras. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington. Fez diversos concertos no México, Espanha e Venezuela. No Japão, dirigiu por várias vezes as orquestras sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Recentemente, fez a sua estreia com a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia, a Filarmônica de Auckland, na Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, no Canadá. No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Minas Gerais e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Fabio Mechetti recebeu títulos de Mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York. Em 2009, ganhou o Prêmio Carlos Gomes na categoria de Melhor Regente Brasileiro por seu trabalho com a Filarmônica de Minas Gerais. Sobre a Filarmônica de Minas Gerais Em fevereiro de 2008, no Grande Teatro do Palácio das Artes de Belo Horizonte, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais fez seu concerto inaugural com a 9ª Sinfonia de Beethoven. O sucesso daquela noite se repetiu por toda a temporada, com teatros lotados, aplausos intensos e apresentações memoráveis. Sob a liderança do maestro Fabio Mechetti, regente de sólida e respeitada carreira nacional e internacional, o trabalho da Filarmônica tem se destacado em todo o país: Minas Gerais se apresenta no roteiro das melhores orquestras do Brasil, formando novos públicos e democratizando o acesso à cultura. Formada por músicos mineiros, brasileiros de outros estados e estrangeiros, a Filarmônica foi aplaudida por mais de 70 mil pessoas em sua primeira temporada. Em concertos regulares no Grande Teatro do Palácio das Artes, levou a Belo Horizonte grandes artistas da música sinfônica, com repertório que abrangeu desde obras consagradas a composições ousadas e novas para o grande público. Em turnês pelo interior do estado, apresentou-se em 15 cidades. Realizou Concertos Didáticos para 4.500 jovens e crianças de escolas públicas e projetos sociais e levou a música de concerto para as ruas, nos Clássicos no Parque. Já em sua primeira temporada, a Filarmônica de Minas teve calorosas participações fora do estado, no Festival Internacional de Inverno de Campos de Jordão (SP) e na Mostra Mineira de Arte Contemporânea (SP, capital). Por sua atuação com a Filarmônica, o maestro Fabio Mechetti recebeu o Prêmio Carlos Gomes como melhor regente brasileiro de 2008. A Orquestra Filarmônica iniciou sua segunda temporada, em 2009, com grande apoio do público de Belo Horizonte, que aderiu com entusiasmo à campanha de assinaturas, ação até então inédita no estado. A Orquestra consolidou-se em seu estado, com concertos sempre cheios nas séries do Palácio das Artes, turnês pelo interior com um público cada vez mais efusivo, Concertos Didáticos em formato novo e aprimorado, as apresentações nos parques e o lançamento dos Concertos para a Juventude, retomando uma antiga tradição de audições de música clássica nas manhãs de domingo. Na série Vivace de 2009 a Orquestra homenageou Heitor Villa-Lobos, pela passagem dos 50 anos de sua morte, e gravou a sua Floresta do Amazonas em CD distribuído aos assinantes da Temporada 2010. A cada temporada, novos públicos e novas cidades recebem a Filarmônica, que, em suas apresentações fora de Minas (Campos do Jordão, Sala São Paulo, Brasília, Goiânia), revelou-se ao país como uma das melhores orquestras brasileiras. Dentre os artistas que se apresentaram com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais estão Nelson Freire, Arnaldo Cohen, Corey Cerovsek, Sonia Rubinsky, José Feghali, Shlomo Mintz, Cristina Ortiz, Antonio Meneses, Eliane Coelho, Marcelo Bratke, Augustin Hadelich, Yang Liu. Além de seus concertos regulares, a Orquestra Filarmônica promove duas importantes ações de estímulo à música. Realizado de dois em dois anos, o Festival Tinta Fresca destina-se a compositores mineiros ou residentes em Minas Gerais e premia o vencedor com a encomenda de uma obra estreada pela Orquestra. Já o Laboratório de Regência, atividade anual inédita no Brasil, dá a jovens regentes brasileiros a oportunidade de ter aulas com o maestro Fabio Mechetti e de reger uma orquestra do porte da Filarmônica. Mais informações sobre a Filarmônica de Minas Gerais em www.filarmonica.art.br Programação 08/09/2010 Salvador, BA Quarta-feira, 20h30 Teatro Castro Alves Fabio Mechetti, regência GOMES . O Guarani: Protofonia MOZART . Sinfonia nº 41, “Júpiter” DVORÁK . Sinfonia nº 8 em Sol maior